Regra geral as pessoas confundem as duas datas, pelos vistos a igreja católica também porque, no dia um, não se furta a celebrar, com os seus fieis, uma cerimónia que pretende ser intercessória ou a favor (por intenção) de quem já morreu.
É uma ideia que não encontra qualquer apoio nas Escrituras Sagradas. Pelo contrário; estas dizem que a árvore fica no lugar onde cair(Eclesiastes, 11:3) uma clara referência ao ser humano quando perece. De resto Jesus propôs dois caminhos: o largo, que conduz à perdição e o estreito, que conduz à vida. Certamente que não se escolhe o caminho, e as suas consequências, depois de morrer...
Quando, pois, se ouve o sacerdote dizer que vai fazer, isto ou aquilo, por intenção de quem já morreu, devemos lembrar um ditado popular: "De boas intenções está o inferno cheio".
4 comentários:
Não se esqueça que há,pelo menos, um livro na Bíblia que elogia aquilo que se faz a favor dos mortos.
Por isso não seja tão taxativo.
Não me esqueço, não. Até sei que tal passagem está no II livro de Macabeus, 12:44-46. A diferença entre mim e o caro anónimo é que, para mim, esse livro não faz parte do canon sagrado. Como sabe (ou deveria saber) na Bíblia judaica esses livros (sete ao todo, mais acréscimos em Daniel e Ester)não estão presentes. O próprio Jerónimo, ao traduzi-los, disse que o fazia por causa do seu interesse histórico e não porque os considerasse inspirados. De resto os livros, que nós consideramos apócrifos e a quem vocês denominam de deuterocanônicos, foram incluidos no concílio de Trento, em 8 de Abril de 1546, com o objectivo de combater a reforma protestante.
Basta uma análise, ainda que superficial, dos mesmos para se concluir que não são Palavra de Deus. Por isso mantenho tudo o que escrevi.
Abraço e volte sempre
Nem me dei ao trabalho de pensar, isto para nós cristão católicos é o que interessa, passo a citar: A Tradição da Igreja sempre exortou a seus fiéis para que possam, neste dia especialmente, estar venerando a memória de seus entes queridos já falecidos. Neste sentido, para a doutrina católica é fundamental a idéia de comunhão que deve haver entre os membros do Corpo Místico de Cristo, isto é, todos os fiéis cristãos acreditam que estão em comunhão com o Cristo ressuscitado e que a vivência desta comunhão expressa a todas as pessoas, a presença viva e atraente de Jesus Cristo. Esta comunhão envolve e abraça a todos os cristãos, vivos e defuntos. Isto porque, Cristo ressuscitado desvenda ao ser humano o seu destino final. A morte não tem a última palavra. Para os cristãos católicos romanos, a fé é uma resposta à ansiedade diante do mistério da morte. Neste dia muitos fiéis costumam visitar os cemitérios para rezar e venerar a memória daqueles que já partiram. O sentimento de saudade é inevitável. Contudo, os cristãos procuram testemunhar uma esperança confiante, apesar do sofrimento gerado pela separação de seus entes queridos. Finalmente, eis a grande esperança celebrada no dia de finados: Que os falecidos já tenham encontrado a vida verdadeira junto de Deus. Enquanto não chega a hora do reencontro, somos capazes de estar em comunhão com os falecidos estando em comunhão com Cristo.
O grande problema é mesmo esse;não nos darmos ao trabalho de pensar...
Quanto à tradição nós, cristãos evangélicos, não a colocamos ao nível da Palavra de Deus (a Bíblia).
Para nós só a Bíblia (sem apócrifos) é nossa regra de fé e conduta.
Tentar estar em comunhão com Cristo e com o seu corpo mistico (a igreja) não é problema. Homenagear (não venerar) a memória dos entes falecidos também não me incomoda.
O problema é quando se dá a entender (e é isso que acontece nas cerimónias católicas a favor dos mortos)que, apesar da pessoa já estar morta, é possível fazer aqui alguma coisa a favor do seu bem estar na eternidade.
É contra isso que estou.
Abraço
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