sábado, junho 28, 2014

A Ilusão do Materialismo

 “Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir.” (Eclesiastes 5:12)

 Nenhum cristão, por muito espiritual que se julgue, está ao abrigo da ilusão do materialismo. Se nos lembrarmos de como Salomão iniciou a sua carreira, como rei de Israel, com Deus a elogiá-lo por ele ter pedido sabedoria ao contrário de ter pedido bens ...materiais, e como foi a sua vida durante aquele período negro em que “tudo quanto os seus olhos desejaram ele não lhe negou”; se atentarmos para as conclusões a que ele chega, considerando que “tudo é vaidade e aflição de espírito”, podemos concluir que a ilusão do materialismo bate a qualquer porta.
Eu próprio, confesso, por vezes almejo que me saia o euro milhões, tendo até elevados planos para a utilização do dinheiro: A construção de um lar para a terceira idade e várias valências, um novo espaço (com melhor centralidade) para a IELP, etc. etc. O problema é que, por vezes, todos nos esquecemos que “o dinheiro pode tolher as boas intenções” e que ter dinheiro, sobretudo quando somos cristãos e temos a noção de que tudo quanto somos e temos pertence a Deus, responsabiliza.
Pensamos, de forma ilusória, que o dinheiro resolve muitos problemas, e a verdade é que pode resolver, porém ter dinheiro também pode significar ter mais problemas para enfrentar. Como administrar, sabiamente, o dinheiro que é do Senhor? O que posso gastar para meu prazer e dos meus? Como gerir os muitos pedidos de ajuda que, certamente, vão chegar até mim; como discernir os que merecem uma resposta positiva e uma resposta negativa? Como posso investir o dinheiro para que se não acabe rapidamente?
Como se vê ter dinheiro, ao contrário de significar ficar mais tranquilo, pode significar muita intranquilidade.
É por isso que o conselho de Paulo continua a ser válido: “Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.” (I Timóteo 6:8)

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