quinta-feira, janeiro 14, 2010

O Haiti e a descrença...

Um colega de trabalho disse-me hoje que uma filha (licenciada) afirmou ontem ao jantar: "Ainda dizem que Deus existe; se fosse verdade onde estava ele quando aconteceu a tragédia do Haiti?"
É a reacção tradicional dos que se recusam a crer. Os tais manteriam a sua posição de descrença mesmo que sobre o empobrecido Haiti caísse maná do céu. E os próprios haitianos seriam capazes, a exemplo dos israelitas, de acabar por considerar o maná como "pão vil".

Quando o ser humano quer descrer tudo lhe serve de desculpa.

4 comentários:

Jorge Oliveira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jorge Oliveira disse...

Que nós os crentes, mostremos através da nossa ATITUDE, que há um Deus bondoso e misericordioso, neste mundo descrente e cruel.

Um abraço.

Davide Vidal disse...

Hoje ao almoço também tive que explicar a colegas que estas desgraças não podem levar à descrença em Deus mas a entender que isto é causado pelo afastamento e rebeldia do ser humano para com Deus....

José Carlos disse...

É verdade Davide mas também não se pode ignorar que aquele país está, cada vez mais, exposto às tragédias naturais dado que, na ânsia de terem lenha e carvão para cozinharem e venderem, a população haitiana tem vindo a destruir, de forma trágica, as florestas. Claro que a seguir virá a desertificação; os campos, devido à erosão, deixarão de produzir aumentando, ainda mais, a fome naquele país. E que fazem os governantes? E o que é que faz o mundo dito civilizado? - É mais fácil atirar as culpas para Deus.
Eu sei que o sismo foi intenso mas se aquele país tivesse sido bem administrado, e nunca foi, as populações teriam outras condições (nomeadamente ao nível das construções) para sobreviver.
É que, sabe-se bem, aquela zona é (dizem os sismólogos) crítica. Por isso o governo do país (e o mundo em geral) deveria ter isso em conta. Mas não; deixa-se andar...
Agora precisamos orar e ajudar aquele povo com tudo o que pudermos. Na reconstrução é preciso que não se coloquem em pé os escombros mas que se construa a pensar na zona na qual se está a construir. É preciso que se construa a pensar no futuro.
Faz lá falta um Marquês de Pombal.