quinta-feira, novembro 05, 2009

Os Crucifixos outra vez...

Está de regresso a polémica sobre a presença dos crucifixos nos locais públicos. Desta feita a polémica estalou no coração do catolicismo, em Itália, onde mora o Vaticano. O Tribunal Europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo, pronunciou-se contra a presença dos mesmos nas escolas italianas por achar que a prática viola os direitos dos pais de educar seus filhos da maneira como preferem e contraria os direitos da criança de escolher livremente a sua religião.
Devo confessar que esta medida não me incomoda e incomoda-me: não me incomoda porque, como protestante que sou, não tenho qualquer simpatia com a ideia de que objectos religiosos sejam imprescindíveis para que sejamos lembrados da divindade (na maior parte dos casos são mesmo um incentivo à idolatria tão condenada na Bíblia) e incomoda-me porque suspeito que esta tomada de posição seja percursora de outras, mais maquiavélicas; ou seja, que num futuro se possa procurar atingir mesmo o objectivo da proibição total de qualquer tipo de fé.
Este meu receio tem, de resto, origem nas profecias bíblicas que conheço e que não são, quanto ao assunto, nada auspiciosas.
Que os crentes fiquem em estado de alerta.

4 comentários:

Davide Vidal disse...

A questão é mesmo essa! Se neste aspecto conseguem vencer a força e influencia do catolicismo... então conosco nem precisam de se esforçar....

José Carlos disse...

è mesmo assim, Ego ipse. Abraço

Mário Pinho disse...

Concordo com o que já foi dito.
Em abstracto seria mesmo algo de positivo, mas acaba por servir para cada vez mais afastar qualquer referência do que é espiritual à vida de um país.
Espanta-me, apesar de tudo, a estupidez do argumento.
Impedir os pais de educar os seus filhos com entendam?
Impedir as crianças de escolher o que quer que seja?
Então o melhor seria também acabar com a obrigatoriedade de ir para escola...

José Carlos disse...

Obrigatoriedade de ir à escola, dizem eles (e nós concordados) sim porque é preciso preparar os seres humanos para esta vida. Agora preparar o ser humano para a eternidade isso não é importante até porque (acham eles e não nós) a eternidade não existe.

O problema é que eles pensam assim e querem por toda a gente a pensar como eles. São muito zelosos da sua liberdade mas não da liberdade dos que crêem.