segunda-feira, março 02, 2009

Guiné,Guiné...

Nino Vieira, várias vezes presidente da Guiné-Bissau, foi assassinado. Diz-se que a sua morte foi um ajuste de contas, perpetrado por adeptos do comandante das forças armadas, (adversário de Nino) recentemente morte num atentado á bomba. O receio de que aquele pequeno país, com uma população de 1,7 milhões de habitantes, constituída por mais de 20 etnias, com dialectos e costumes distintos e onde as estruturas sociais vivem sempre na corda bamba, volte a entrar numa guerra civil que origine ainda mais pobreza.
Nem todos são pobres na Guiné-Bissau. Alguns, graças ao tráfico de droga, têm florescido mas, como sempre, à custa do empobrecimento do povo.
Infelizmente os guineenses também não ajudam já que, em lugar de se unirem, preferem viver de costas voltadas, preocupados com coisinhas de importância relativa. “Centram-se na árvore e perdem de vista a floresta”. A verdade é que é difícil, senão mesmo impossível, dirigir aquele país em democracia. O poder tem sempre de ser “musculado”ou então nada feito.
Eu (que estive lá) lamento ver as imagens daquele país, reveladoras de que desde 74 o que mudou na Guiné foi para pior. Bissau, por exemplo, continua sem água e sem electricidade.
O que têm andado a fazer os políticos? E o que tem andado a fazer a CPLP?

2 comentários:

Lavrador disse...

Porque você acha que os dirigentes africanos em geral amam tanto o poder e vivem faustosamente? Porque há Américas, CPLP's Uniões Europeias e outras tantas que ao invés de se preocuparem com as populações preferem terem os dirigentes políticos africanos, e não só, nas mãos!
Porque é que esses "beneméritos" não enviam pessoas competentes com as ajudas para que elas cheguem aos verdadeiramente pobres? PORQUE NÃO QUEREM. PREFEREM CONTROLAR OS GOVERNOS E PARA ISSO ENVIAM AS DITAS AJUDAS ÀS QUAIS O POVO NÃO CONHECE NEM O CHEIRO!!

José Carlos disse...

Infelizmente é a mais pura das verdades, Lavrador.
Abraço