quarta-feira, dezembro 26, 2007

Natal Desempoeirado

Chega mais uma época natalícia e a rotina instala-se. Muitos artigos que acabarão nas montras (e mais tarde em casa de quem os compra) sobraram do ano anterior. Foi só sacudir, dos mesmos, o pó e mostrá-los como se de novidade se tratasse. Nas instituições sacode-se o pó das imagens do presépio, dos pinheiros de natal artificiais e de outros enfeites e até nas igrejas se sacode o pós das partituras, de folhas de cânticos, peças e poesias e, de novo, são apresentadas como se de novidades se tratasse. Ouvem-se as mesmas músicas de todos os anos, que estão em todos os cantos, a maioria delas dizendo nada.
E, no fim, o que fica?
Um Natal que cheira a bafio, a mofo. Um Natal que, como no passado, já nada diz. Um Natal que produz mais descrença do que fé.
É necessário desempoeirar o Natal até porque, o verdadeiro, está pleno de significado. No Natal Deus veio até nós; humilde, sem roupas, sem luzes piscantes, sem bolas coloridas, sem presentes caros, sem espaço para nascer.
Veio porque nos queria reconciliar consigo e por issso trouxe uma mensagem de paz e de salvação.
Um Natal com esta mensagem, a verdadeira, nunca permitirá que o pó, o bafio, o mofo se lhe apegue.
É este Natal que devemos desejar anunciar e viver todos os dias.

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