quarta-feira, abril 19, 2006

Ai Judas, Judas...

Em plena época pascal, alguns canais de tv( cabo e generalistas), voltaram à carga com um assunto, requentado, mas apresentado como se fosse uma novidade.
Trata-se do manuscrito de mais um evangelho apócrifo, o evangelho de Judas, onde este se apresenta, não como traidor mas como alguém que cumpriu órdens do próprio Cristo.
Este assunto dos livros aceites pelos gnósticos (de resto existe a chamada bíblia gnóstica com cerca de 50 livros) é assunto explorado pelo livro "O Código Da Vinci" e a ideia que passa é que esses livros são mais fiáveis do que aqueles que possuimos no Novo Testamento.
É claro que se pode pergunta porquê? Quando eu leio, por exemplo, o evangelho apócrifo de João (será que quem me está a ler já leu o verdadeiro Evangelho de João?) e me deparo com um discurso, atribuido a Jesus, que segue a seguinte toada: "Glória à Graça, glória ao Espírito, glória ao Santo, glória à sua glória... nós o louvamos ò Pai, nós lhe damos graças, ò luz em que não habita as trevas... Agora direi porque damos graças: Devo ser salvo e salvarei, devo ser liberto e libertarei...devo ser lavado e lavarei..." etc. etc. , e comparo o que leio, por exemplo, com o 1º caítulo do Evangelho de João, tenho que rejeitar, pura e simplesmente, este apócrifo.
É fácil.
Quem estiver à procura de "água viva para matar a sêde espiritual" vai notar, de imediato, que aquela è àgua estagnada, impura, que não mata tal sêde.
É um teste infalível.
Afinal porque é que a mentira deveria ser verdade?

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