sexta-feira, fevereiro 27, 2004

É revoltante e ninguém faz nada...

Numa casa situada na rua principal de Nampula, Moçambique, apareceu morta Duraci Epinger. Trata-se de uma missionária luterana que em 2001 denunciou o tráfico de órgãos de crianças. A missionária foi, de imediato, alvo de ameaças de morte mas, é claro, ninguém ligou patavina.
No final de 2003, na mesma província, uma freira católica denunciou a prática de homicídios, rapto de menores e tráfico de órgãos humanos. Foi de imediato alvo de ameaças de morte, ameaças que, felizmente, ainda não se concretizaram.
Antes da morte da missionária, a Procuradoria-Geral de Moçambique já se tinha pronunciado sobre as denúncias, dizendo que nada se tinha provado.
E agora?
Ao lado do cadáver estava um martelo insanguentado, como que a avisar os próximos que estejam dispostos a "abrir o bico".
O que se vai passar a seguir é, presumivelmente, que ninguém vai ser apanhado e condenado pela morte da missionária e, quem sabe, pode mesmo haver quem lance para o ar a ideia de suicídio.
Ninguém será condenado e as práticas denunciadas vão continuar, talvez realizadas com mais cuidado.
E ainda há quem não queira acreditar que tem de haver um Deus que um dia faça justiça...

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