Ai as obras…

E lá estava a senhora toda ufana. Visitava a amiga, que se encontra internada e com um problema grave nos pulmões. Foi a doente que me informou ser aquela senhora quem lhe lavava a roupa, na sua ausência de casa. A amiga levou à doente um arroz de camarão, não de marisco, dizia, apenas de camarão porque o marisco poderia ser demasiado forte para a doente. Quando ouviu os elogios da amiga por causa da ajuda que dá, virando-se para mim (que conhece da rádio) disse-me: “Ò Zé Carlos nós temos de fazer obras porque, senão, um dia quando chegarmos ao outro lado para onde iremos todos, vão perguntar-nos o que fizemos e se nada tivermos feito…”

Tive a oportunidade de dizer àquela senhora: “Fazer boas obras é importante mas não para nossa salvação. Nós nãos nos podemos salvar a nós mesmos; temos de confiar em Cristo. Ele é o único que nos pode salvar”. Sim, sim, dizia-me a senhora apesar de eu saber bem que ela não percebeu nada da minha mensagem.

Que mal terrível fazem os grupos religiosos ao convencer os seus membros de que se podem salvar a si mesmos. Se isso fosse possível (salvarmo-nos a nós mesmos pelas obras) Jesus não teria tido necessidade de vir a este mundo sofrer o que sofreu.

A Bíblia (Palavra de Deus) continua a dizer: “Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós é dom de Deus; não vem das obras…” (Ef.2:8,9)