sexta-feira, março 27, 2009

Garanhões?

Hoje vi um rapaz (não deve ter mais de 16 anos) a empurrar um carrinho de bebé e a brincar com uma bola de ténis. Enquanto batia a bola no chão e a segurava de novo, atrás dele vinha uma rapariga, com ar apático e ainda mais nova, que deveria ser a mãe do bebé que seguia no carrinho. Reconheci o rapaz de uma “tertúlia” de rapazes que se costuma reunir debaixo da minha janela e falam tão alto que é impossível não os ouvir.
Um destes dias estavam a falar das suas aventuras sexuais, dos seus “engates”. Um deles dizia, referindo-se às miúdas: “… elas que venham, não escapa uma, vão todas ao castigo…” e outro, sorrindo, acrescentava; “Claro, para isso é que somos garanhões…”
Interroguei-me então: “Mas, garanhões não são cavalos?”. Agora vendo a situação daquele miúdo, já pai (mas que ainda precisa de brincar) e que se considera garanhão; pensando em todas as adolescentes que já são mães (com todas as consequências daí resultantes) e em todos os adolescentes que, porque se consideram garanhões, deixam de poder viver uma adolescência e juventude normais, concluo que os garanhões são cavalos e alguns humanos, que se consideram garanhões, não passam de burros.

2 comentários:

Jorge Oliveira disse...

Já estou a imaginar como é que tu passas os teus serões: escondidinho por atrás da janela a ouvir os garanhões e os burros a zurrarem... Ahahahahahah


Agora a sério, é de facto lamentável o rumo que as coisas estão a tomar nesta nova geração.
Que Deus nos dê graça para os aconselharmos e ajudarmos.

Abraço

José Carlos disse...

Deito-me (quase)sempre cedo e por isso, de noite, não ouço garanhões nem burros. É, geralmente, à hora do almoço que eles "zurram".
Tens razão. Estes factos,
lamentáveis, apenas devem servir para vermos o quanto ainda nos falta fazer, como embaixadores de Deus neste mundo.
Abraço