terça-feira, julho 04, 2006

Perfeitamente dispensáveis.

Há pessoas (com as quais temos de conviver) que existem, aparentemente, para incomodar. São aqueles que nunca reconhecem o mérito mas sempre reparam no defeito; que parecem pensar que todos lhes devem alguma coisa; que se julgam donos das pessoas que, para sobreviver, têm de os servir; que aproveitam todas as oportunidades para tentarem sobrepor-se aos outros, amesquinhar os outros; que não se importam de calcar tudo e todos, desde que isso signifique benefícios para si próprios. Os tais vivem de aparência, parecendo ser o oposto daquilo que realmente são.
Apesar disso, aparentemente, tudo lhes vai bem. Singram na vida, são reconhecidos socialmente, parece que o mundo é deles.
Às vezes apetece-me considerá-los pessoas perfeitamente dispensáveis. Interrogo-me mesmo, tantas vezes, porque é que ainda andam neste mundo; porque não cedem espaço àqueles que, realmente, são pessoas tratáveis e úteis.
Depois disso lembro-me do Salmo 73 e Calo-me.

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